"Suas dez mil primeiras fotografias são as suas piores." (Henri Cartier-Bresson)
(post do blog antigo, escrito em 2017)
Henri Cartier-Bresson nasceu no interior da França em 1908 e morreu em 2004. Foi um fotógrafo humanista e é considerado, além de "O" fotógrafo do século XX, também o pai da fotografia de rua e o mestre na fotografia cândida (que mostra as coisas como são). Vem inspirando gerações de fotógrafos pelo mundo afora. Foi influenciado por seu pai, um rico mercador de tecidos e por seu tio que foi um pintor de sucesso. Enquanto jovem, leu Dostoiévsky, Rimbaud, Proust e Joyce e, em adição a isso, estudou pintura intensamente.
Depois de alguns anos de prática e aprendizado na pintura, Cartier-Bresson foi estudar na universidade de Cambridge na Inglaterra, onde aprendeu mais sobre pintura e literatura e teve os primeiros contatos com filme e fotografia. Na década de 1930, quando tinha vinte e poucos anos, descobriu a Leica portátil (sua primeira Leica foi essa aqui, ele foi pioneiro no uso de filme 35mm), tomou a decisão de ter uma carreira fotográfica.
Algumas de suas fotografias mais icônicas:
Por conta de seu ofício, viajou para várias partes do mundo e a maioria de seus trabalhos era comissionada pelas revistas da época. Além disso, tinha suas fotografias expostas em diversas galerias. Trabalhou também em filmes, documentários e no exército francês. Junto com Robert Capa e outros fotógrafos, fundou a agência Magnum, em resposta à exploração de freelancers por parte das revistas que exigiam que eles abrissem mãos dos direitos autorais. Recebeu inúmeros prêmios, honras e publicou uma série de livros ao longo da vida também. Em 1974 rompeu com a Magnum, embora essa continuasse possuindo os direitos de muitas de suas fotos e praticamente abandonou a fotografia para se dedicar ao desenho e à pintura.
A respeito da fotografia colorida, Cartier-Bresson dizia que a considerava "nojenta" e a odiava, apesar de ter feito algumas assim. Segundo ele, só fazia quando determinadas imagens de locais exóticos não eram aceitas em preto e branco por revistas. Não acreditava na fotografia colorida e as fazia de qualquer jeito, conforme dizia. O motivo de tanto desprezo era por conta das tintas e outros fatores que estavam fora do controle do fotógrafo.
Como fotógrafo, viajou muito e teve a chance de registrar acontecimentos decisivos em várias partes do mundo, que sempre estava em mudança em termos de política. É interessante observar em sua fotografia tanto a passagem do tempo através do comportamento e do visual das pessoas e locais quanto através da aprimoração e transição de sua técnica também.
Década de 1930:
Depois de alguns anos de prática e aprendizado na pintura, Cartier-Bresson foi estudar na universidade de Cambridge na Inglaterra, onde aprendeu mais sobre pintura e literatura e teve os primeiros contatos com filme e fotografia. Na década de 1930, quando tinha vinte e poucos anos, descobriu a Leica portátil (sua primeira Leica foi essa aqui, ele foi pioneiro no uso de filme 35mm), tomou a decisão de ter uma carreira fotográfica.
Algumas de suas fotografias mais icônicas:
Embora ele fosse posteriormente denominado também como o pai do fotojornalismo, Cartier-Bresson fazia seu melhor trabalho tirando fotos que não noticiavam nada - pessoas pelas ruas, banhistas em vários, locais, crianças, etc. O termo "instante decisivo" é atribuído a ele mas, na verdade, foi dito pelo Cardeal de Retz, que concluiu que tudo no mundo tem seu momento decisivo. Pelas ruas, Cartier-Bresson registrava momentos que, pela maioria das pessoas, passariam despercebidos e os eternizou, tornando-os, ele mesmo, decisivos e eternos (do contrário, não teriam sido mais do que um rastro de quase nada). Para ele, esses eram os verdadeiros momentos da existência humana.
Por conta de seu ofício, viajou para várias partes do mundo e a maioria de seus trabalhos era comissionada pelas revistas da época. Além disso, tinha suas fotografias expostas em diversas galerias. Trabalhou também em filmes, documentários e no exército francês. Junto com Robert Capa e outros fotógrafos, fundou a agência Magnum, em resposta à exploração de freelancers por parte das revistas que exigiam que eles abrissem mãos dos direitos autorais. Recebeu inúmeros prêmios, honras e publicou uma série de livros ao longo da vida também. Em 1974 rompeu com a Magnum, embora essa continuasse possuindo os direitos de muitas de suas fotos e praticamente abandonou a fotografia para se dedicar ao desenho e à pintura.
A respeito da fotografia colorida, Cartier-Bresson dizia que a considerava "nojenta" e a odiava, apesar de ter feito algumas assim. Segundo ele, só fazia quando determinadas imagens de locais exóticos não eram aceitas em preto e branco por revistas. Não acreditava na fotografia colorida e as fazia de qualquer jeito, conforme dizia. O motivo de tanto desprezo era por conta das tintas e outros fatores que estavam fora do controle do fotógrafo.
Como fotógrafo, viajou muito e teve a chance de registrar acontecimentos decisivos em várias partes do mundo, que sempre estava em mudança em termos de política. É interessante observar em sua fotografia tanto a passagem do tempo através do comportamento e do visual das pessoas e locais quanto através da aprimoração e transição de sua técnica também.
Década de 1930:
Década de 1940:
Década de 1950:
Década de 1960:
Década de 1970:
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O blog agora faz parte dos meus favoritos no Safari. Parabéns pelo conteúdo. Leitura obrigatória pra quem respira fotografia.
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