Monday, March 3, 2025

LARRY CLARK

"Se você quer entender meu trabalho, precisa entender minha vida." - Larry Clark

Larry Clark nasceu em Tulsa, Oklahoma, em 19 de janeiro de 1943, Seu primeiro contato com a fotografia veio através de sua mãe, que era fotógrafa itinerante e venda retratos de bebês de porta em porta. Ainda jovem, Clark começou a acompanhá-la no trabalho e aprendeu os fundamentos. Foi na adolescência, no entanto que sua relação com a câmera ganhou um tom mais pessoal, quando passou a documentar sua própria vida e a de seus amigos, muitos deles envolvidos com drogas e delinquência juvenil. 

Em 1971 lançou Tulsa, um fotolivro que impactou o mundo da fotografia pela crueza com que retratava uma juventude mergulhada no consumo de heroína, na violência e no sexo sem filtro. O diferencial do trabalho era sua proximidade com os fotografados - Clark não era um observador de fora, mas um participante ativo daquele universo. O mesmo olhar visceral aparece em Teenage Lust (1983), seu segundo fotolivro, onde amplia o foco para a cultura jovem americana e suas contradições. 

Após o impacto de Tulsa e Teenage Lust, Larry Clark levou sua estética crua e documental para o cinema. Seu primeiro filme, Kids (1995) - escrito por Harmony Korine que tinha apenas 19 anos - chocou ao retratar a vida de adolescentes em Nova York entre sexo, drogas e AIDS. O realismo brutal da narrativa dividou opiniões e consolidou Clark como um cineasta provocador. 

A partir daí seguiu explorando temas semelhantes em filmes como Another Day in Paradise (1998), um drama sobre jovens criminosos, e Bully (2001), baseado em uma história real de assassinato entre adolescentes. Em Ken Park (2002), Clark levou ao extremo sua abordagem sem censura sobre a juventude, resultando em mais um filme controverso.

Nos anos seguintes, continuou a produzir filmes que misturavam realidade e ficção, frequentemente trabalhando com atores não profissionais e trazendo um olhar sem filtros sobre a marginalidade e a rebeldia juvenil. Mesmo criticado, Clark manteve sua assinatura visual e narrativa, deixando um legado inconfundível tanto na fotografia quanto no cinema independente. 

  • Excelente resenha do livro "Tulsa" (CAMERA - Beyond the Image):   

  • Extraordinário ou explorativo?
  • A adolescência permanente de Larry Clark:
  • Videoclip "solitary man" de Chris Isaac (péssimo cover da linda música de 1966 do Neil Diamond) que foi dirigido por Clark e foi o pontapé inicial para ele se tornar diretor de cinema:
  • Dior Homme: campanha da coleção de tênis de Kris Van Assche na primavera de 2017 que teve direção de Clark:
  • O dia em que as fotografias de Larry Clark foram vendidas por £100 em Londres (com comentário de Leo Fitzpatrick que trabalhou no filme Kids):
  • Trailer oficial de Kids (1995):
  • Fotolivro Tulsa:
  • Olá meu nome é | Larry Clark:


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