Sunday, January 5, 2025

ROBERT FRANK

 

"The eye should learn to listen before it looks." (Robert Frank)

(post do blog antigo, escrito originalmente em 2017 e complementado recentemente)
Robert Frank nasceu em 1924 em Zurique, na Suíça. Seu trabalho mais notável é o livro "The Americans", que mostra o ponto de vista de um estrangeiro sobre a sociedade americana. Anos depois, Frank o expandiu para vídeo e experimentou com manipulação de fotografias e fotomontagens.

De acordo com Frank, sua mãe possuía um passaporte suíço, enquanto seu pai - que era de Frankfurt - perdeu a cidadania alemã e se tornou uma pessoa sem estado pelo fato de ser judeu. Sua família conseguiu ficar em segurança na Suíça durante a Segunda Guerra, mas a ameaça do nazismo sempre estava no ar. Frank passou a se dedicar à fotografia ainda jovem e teve ajuda de alguns mentores antes de produzir seu primeiro livro artesanal, chamado 40 Fotos, em 1946.

Mudou-se para os EUA em 1947 e conseguiu um emprego como fotógrafo de moda para a Harper's Bazaar. Viajou pela Europa e América do Sul e produziu seu segundo livro artesanal, que continha uma série de fotos feitas no Peru.

Inicialmente, Frank era otimista no que dizia respeito à sociedade americana e sua cultura, mas sua perspectiva mudou rapidamente por conta do ritmo acelerado do país e a grande ênfase no dinheiro. Passou, então, a ver um lugar vazio, perspectiva que ficou clara em sua fotografia mais tardia.

Mudou-se para Paris, onde ficou por uns dois anos e voltou para os EUA em 1953, onde continuou trabalhando como fotojornalista freelancer. Associou-se com outros fotógrafos contemporâneos, como Saul Leiter e Diane Arbus para formar o que veio a ser conhecido como The New York School of Photography.

Com a ajuda de Walker Evans - fotógrafo que Frank considera sua maior influência artística - conseguiu uma bolsa da Guggenheim Fellowship que o permitiu viajar pelo país e fotografar a sociedade americana em todos os seus níveis. Passou por cidades como Detroit e Dearborn, Butte, Salt Lake City, Savannah, Chicago, etc e levou a família em boa parte de seus trabalhos, que duraram dois anos. Fez 28.000 fotos e, delas, 83 se tornaram The Americans, o trabalho considerado mais relevante de sua carreira.

Frank dirigiu filmes também, incluindo o documentário Cocksucker Blues sobre os Rolling Stones. Retratou os músicos em turnê, usando drogas e fazendo orgias. A banda o processou para impedir que o filme fosse lançado nos EUA, o que, para eles, arruinaria sua chance de se apresentar no país outra vez.

Em 1971, mudou-se para Nova Scotia no Canadá e, em 1974, sua filha Andrea morreu em um acidente aéreo na Guatemala. Por volta da mesma época, seu filho Pablo foi diagnosticado com esquizofrenia e internado.

Desde então, Frank vive alternadamente entre uma cabana de pescador na Nova Scotia e seu loft na Bleecker St. em Nova York. É recluso, recusa entrevistas e convites para aparecer em público. Ainda aceita trabalhos ecléticos, como as fotos que fez para a convenção nacional dos democratas de 1984 e clipes de bandas como o New Order e a cantora Patti Smith.  (Frank morreu em 2019)

In "Unseen Photos", a clearer picture of Robert Frank's America | KQED Arts:
Robert Frank Peru:
Inside photographer Robert Frank's The Americans:
Robert Frank as a young artist:






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